
Você sabe do que se trata as tendências em alimentos e como pode se beneficiar dela da melhor forma possível? Em linhas gerais, uma tendência é algo em que você pode inspirar, mas não deve ser o fator determinante na definição dos seus próximos passos.
No mercado de alimentos e bebidas, em especial, seria irresponsável lançar um determinado produtos apenas pelo fato de ele figurar em um ou outro relatório de tendências em alimentos.
O caminho para ter um sucesso em um lançamento é muito mais complexo, com as mais diversas demandas, necessidades e comportamentos, não é verdade?
Nesse sentido, é importante afirmar que a tendência é ótima como plano de fundo, mas é essencial que você conheça a pessoa que pretende atender.
1. Tendências em alimentos: Vegetarianos e veganos se tornaram mainstream
Esse já é um segmento muito grande do mercado e com tendências de crescimento. Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, de acordo com pesquisa do Ibope, cerca de 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos. Isso significa que 30 milhões de pessoas optam por alimentos desse tipo.
O mesmo estudo também aponta para o aumento do interesse em produtos veganos. Muitas pessoas declararam, por exemplo, que consumiriam mais produtos veganos se houvesse mais disponibilidades, se eles estivessem bem identificados nas embalagens e contassem com preços atraentes.
Esse crescimento acontece porque, de um lado, adotar uma dieta vegetariana ou vegana pode trazer muitos benefícios para a saúde. Por outro, o fato de as pessoas excluírem carnes e derivados acontece por conta da crescente preocupação dos impactos causados pelos seus consumos, especialmente em relação ao meio ambiente e às condições de criação e abate dos animais.
2. O boom de alergia alimentar e dos produtos “free”
Nos dias atuais, nota-se uma recorrência cada vez maior de pessoas que contam com inúmeras restrições alimentares. Apesar de não existir um dado definitivo sobre o tema, podemos notar que o número de pessoas com alergias a determinados alimentos aumenta diariamente. Isso acontece porque, em alguns casos, a proteína de alguns alimentos são encaradas como inimigas do sistema imunológico.
Dessa forma, vem surgindo novos nichos no mercado de alimentação, com destaque para os produtos “free”, ou seja, livres de determinada substância. Entre eles, podemos ressaltar os alimentos sem glúten e sem lactose: o primeiro voltado para pessoas celíacas, que encontram dificuldades de digerir a gliadina (proteína do glúten); o segundo para pessoas que têm intolerância à lactose, o que pode gerar inúmeros problemas e desconfortos.
3. Conveniência, mas sem abrir mão do sabor e da saúde
Trata-se de uma tendência em oferecer pratos prontos, aliado à venda por e-commerce e com opções fáceis de delivery, mas privilegiando a qualidade e o prazer de se fazer uma boa refeição. Um exemplo desse mercado são empresas como a Liv Up, que tem como premissa o fornecimento de um alimento prático, saudável e gostoso.
Nesse caso, o usuário pode montar seu cardápio com base em suas necessidades e gostos, solicita o pedido e prepara sua refeição em banho-maria ou no micro-ondas.
4. Consumidores millennials
Os consumidores millennials são representados por pessoas nascidas no início dos anos 1980 e vão até a segunda metade dos anos 1990. Espera-se que, até 2025, eles representem 75% dos consumidores de todo o mundo. Diante desses números, pode-se dizer que eles são um público ao qual as empresas terão de ter uma atenção especial.
Em geral, os millennials são apaixonados, tendem a realizar compras por impulso e gostam de viver o momento, ou seja, curtem aproveitar tudo que lhes é oferecido na hora. Para atender às suas necessidades, é preciso ter atenção a questões como a personalização e a praticidade.
5. Clean Label 2.0
Esse mercado está diretamente ligado à transparência total e à rastreabilidade. Trata-se de uma tendência que busca autenticidade dos alimentos. Isso quer dizer que, cada vez mais, as pessoas buscam consumir aquilo que elas conseguem entender, ou seja, quando elas leem a lista de ingredientes nos rótulos e entendem o que é aquilo.
Nesse sentido, as pessoas exigirão cada vez mais que as empresas entreguem informações minimamente detalhadas, indicando sobre como, onde e quando os alimentos e as bebidas são cultivados, colhidos, preparados e vendidos.
6. Fermentados e probióticos
Outra tendência são os alimentos fermentados e probióticos. Isso acontece porque, principalmente, eles são saudáveis e ótimas fonte de energia, ao mesmo tempo em que melhoram o sistema digestivos das pessoas.
Além disso, uma outra grande vantagem desses alimentos é que eles contam com propriedades de preservação, o que contribui para que tenham uma grande vida útil. Dessa forma, fica muito mais fácil inclui-los em uma rotina moderna e corrida, como acontece com muitas pessoas.
7. Food Tribes
Mais uma tendência são as “food tribe”. Nesse caso, o termo “tribos” refere-se à comunidades globais que trocam experiências e aprendizados. Fazem parte desse grupos pessoas que adotam hábitos comuns em relação à nutrição e atividade física, e por isso possuem comportamentos de consumo muito similares. Quanto mais se avançam os conhecimentos sobre nutrição e sobre o funcionamento do corpo humano, mais tribos vão surgindo.
uma tendência não é algo que deve ser levado à risca para o seu negócio, mas certamente traz ótimas ideias para você aplicar em sua marca. Afinal, conforme as pessoas mudam seus hábitos e comportamentos, é indispensável que a indústria comece a ter novos olhares e atitudes.